Josefino era um menino franzino que dava dó. A família de Josefino vivia da terra. Eram tempos difíceis, a seca assolava o sertão. O pai decide vender um novilho para que a família não passe fome. Porém, Josefi no, mais esperto, deve realizar o feito. Lá se vai o menino com oboi novilho a caminhar. Em cada parada uma história, em cada história um boi, em cada oferta um menino, o menino Josefino.
 
A construção da narrativa, meio verso meio prosa, tem o boi centro, animal não nativo em nosso território, e a cada conversa ilustra a massiva invasão cultural que sofremos durante o processo de colonização, principalmente pela atividade pecuária, movimentando nossa economia e compactando o solo das pastagens brasileiras. Foi por essas e outras razões que tal animal foi escolhido para ser o foco deste livro, que traz, além de uma sutil menção à questão folclórica, também um estímulo ao levantamento da discussão e à prática da contação de histórias e da oralidade, conforme pressupõe a narrativa. Ilustrado em sua totalidade com a utilização de uma técnica artística muito simples de ser executada: a gravura em prancha de isopor. A intenção é que seja usado como gatilho para a abordagem de temas como literatura de cordel, folclore nacional, contação de histórias, entre outros.